quinta-feira, 20 de setembro de 2007


“As palavras têm canto e plumagem “(João Guimarães Rosa) “mas, às vezes,além disso são Lãs ao Vento” (Arriete Vilela)

Sempre fazendo pausas para ela, a Palavra, que Arriete Vilela usa de forma magistral e reverencia a todo o momento - “Ah, a Palavra da minha avó parecia acender estrelas em mim” – o livro está longe se ser um ensaio literário. É muito mais.

No prefácio assinado por Sônia Van Dijk, Doutora em Letras pela USP, um resumo do que o leitor pode esperar deste livro: “Discute a escritura, mas não se limita a metalinguagem. Alimenta-se da cultura popular, mas discute a realidade da cidade grande (...). Mergulha no universo feminino, marcado pela fertilidade, pela criatividade, pela rebeldia, mas que tem a submissão e a impotência como normas”.

Lugar comum é dizer que o leitor vai devorar Lãs ao Vento, mas com certeza vai saborear os contos e as Palavras que Arriete dirige para uma tal “Senhora Editora” que como uma psicanalista, em silêncio, escuta as memórias desta Escritora, com E maiúsculo.

Sobre Lãs ao Vento, foi defendida, recentemente, a dissertação de Mestrado Lugares do corpo na ficção contemporânea: Arriete Vilela em estudo, da Prof.ª Ms. Elaine Raposo.

Nenhum comentário: